Eu sei, uma semana depois, eu resolvo comentar sobre o Oscar, mas é que só ontem me deu vontade de falar sobre ele. Assisti, finalmente, Piaf - Um hino ao Amor e, simplesmente, entendi o motivo de Marion Cotillard ter desbancado atrizes consagradas como Cate Blanchet. Não tinha como ela perder o prêmio para ninguém. A interpretação é emocionante, há algum tempo não chorava com um filme. Piaf me levou às lágrimas. Junta-se a história da famosa cantora francesa com a sutileza da atuação da Marion e se tem a fórmula do sucesso do filme franco-americano.
Por falar em interpretações, os Oscar dados aos atores foram merecidíssimos. Onde os Fracos Não Têm Vez, Sangue Negro e Piaf deram a estes atores a oportunidade de mostrarem a sua excelência em cena, o espectador não pisca quando Javier Bardem, Daniel Day Lewis e Marion Cotillard estão na tela. Eu não assisti Conduta de Risco e não posso dizer nada da atuação da Tilda Swinton, melhor atriz coadjuvante.
Outro ponto que merece ser salientado em Piaf é a maquiagem. Muito bem feita, o espectador acompanha o envelhecimento da Piaf diante dos seus olhos. Não há como negar e afirmar que quem está ali é Marion Cotillard. Não, não é. Quem está diante dos nossos olhos é Edith Piaf. Cantando seus sucessos, mostrando as suas dores. Não foi à toa que o filme levou para casa também esta estatueta.
Vejam o trailer de Piaf:
Outro filme que eu gostaria de comentar é Juno. A história da adolescente grávida, surpreende por não ser contada da mesma maneira a qual estamos acostumados a ver. O roteiro tem sacadas inteligentes, com diálogos típicos da adolescência contemporânea, a saída dada à gravidez também não é nem um pouco comum. Outro Oscar merecido, o que foi dado à roteirista Diablo Cody. E como foi bom ver aquela figura tão anti-hollywoddiana, ex-stripper, ganhando o prêmio. Claro que a interpretação da Ellen Page não chega aos pés da pequena Abigail Breslin, Olive de Pequena Miss Sunshine, que roubou a cena no Oscar passado por ter sido indicada pela Academia, mas não é ruim. Contudo, não é espetacular, e comparada com Marion Cotillard então, melhor nem comentar.
Não entendi o Oscar de melhor filme para Onde os Fracos Não Têm Vez, achei um bom filme, mas feito para americano ver. Sem muita razão de ser, sem muita explicação, quase naturalista, o que me incomodou um pouco. Ser para americano ver pode ter sido a razão para receber a estatueta, mas eu ficaria com Sangue Negro que, apesar de abordar um tema americano - a corrida pelo petróleo no Texas, coloca em cena uma outra discussão - os limites da ambição humana. Como eu não sou da Academia, meu voto é nulo e, para mim, só cabe reclamar agora.
Agora, fiquem com o trailer de Juno:
sábado, 1 de março de 2008
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