quarta-feira, 11 de julho de 2007

Edição Especial - SEMCINE

Tudo estava indo muito bem no Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual na tarde de hoje. A mesa contava com as presenças de Edgar Navarro, autor dos filmes "Eu me Lembro" e "Superoutro", Cláudio Marques, produtor, Maria do Socorro, professora da UNEB, André Setaro, crítico de cinema e professor da UFBA e como mediador, Marcos Pierry, professor de Cinema da FTC. Foi quando, após as falas de todos, Fernando Bélens, cineasta baiano, disse que tinha lido o texto de Setaro na segunda-feira no Caderno especial do jornal A Tarde e havia ficado chocado. Segundo ele, Setaro tinha cometido erros, sendo dois deles o fato de ter chamado os cineastas baianos de mendigos dos recursos públicos do governo e não admitir que os filmes feitos em câmeras digitais são uma nova forma de cinema. Setaro respondeu, levantando um pouco a voz, dizendo que eles eram mendigos sim e ele também era e que não havia cometido erro algum e a diferenciação precisa ser feita, pois uma coisa é cinema e outra é audiovisual, tanto que o nome do seminário é Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual. Ele ainda disse mais, que as ironias e sarcasmos que ele faz são pra suscitar o debate sobre o cinema baiano. Nesta hora, Edgar Navarro que estava rindo o tempo todo e muito controlado, contrastando da imagem que todos têm dele, se levantou e saiu da mesa por instantes. Os debates tiveram prosseguimento e uma mulher pediu para que Setaro explicasse quais são as características presentes no, segundo ele e Orson Welles, apogeu do cinema, período entre 1912 e 1962. Setaro fez menção de responder e foi interrompido por Edgar Navarro que já havia voltado neste momento.
Navarro berrava dizendo que a menina queria tumultuar o seminário, que Setaro não deveria ter sido convidado, que nada que ele diz pode ser levado a sério como o próprio Setaro havia dito(em relação à sua ironia).
Uma menina que estava pagando pau pra Setaro desde o início, começou a gritar da platéia, dizendo que Navarro era um cineastazinho entre outras coisas, Navarro não deixou por menos, mandou a menina tomar no cu, deu o dedo, uma parte da platéia começou a vaiá-lo, uma outra parte saiu da Sala Principal do TCA e a outra, eu inclusive, ficou sentada vendo Setaro calado, observando tudo e Navarro dando a bunda pra platéia(por debaixo da bermuda desta vez). Logo depois, ele se retirou da mesa.
O mediador ainda permitiu mais duas perguntas, mas o debate não teve mais como continuar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu concordo com os dois textos que Kowalski postou na Facom-l: por uma cinema além do cu. Edgard Navarro se considera o elo entre a antiga e a nova geração do cinema. Mas eu, como cinéfilo, assumo que a minha ligação é mesmo André Setaro.

 
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