sexta-feira, 9 de novembro de 2007

As estréias nos canais fechados

Pois é, como é que se estuda com uma semana cheia de estréias nos canais fechados como foi esta semana? E olha que eu nem vi todas, só vi cinco, as que eu mais ouvi falar. (Na verdade, ficou faltando "Californication", mas vou me esforçar para ver, porque ouvi falar muito bem).
A primeira que eu vi esta semana foi "Samantha Who?" da rede ABC, transmitida pela Sony. Na série, Christina Applegate volta às nossas telas, interpretando uma mulher que foi atropelada, ficou em coma durante oito dias e quando desperta, descobre que era uma pessoa detestável. Ela, então, resolve mudar. O problema com "Samantha Who?" é que falta algo, nós damos até algumas risadas com a série, mas ela não é uma comédia propriamente dita, também não nos prendemos com o drama que a série pretende passar. Então o que ela é? Em qual categoria se enquadra? Pode ser que, nos próximos episódios, ela melhore, mas o fato é que para escrever este post, quase eu esqueci que tinha visto "Samantha Who?" nesta semana. Nos Estados Unidos, ela aparece com o maior índice de audiência entre as séries novas.
O problema em "Samantha Who?" é ainda maior, quando eu vejo que ela é a única que será criticada aqui. Gostei de todas as outras estréias. Vamos a elas. "Cane", da rede CBS e transmitida pela Warner, estreou no mesmo dia que a série com Applegate, não teve a mesma repercussão que as estréias de "Ugly Betty" e "Gossip Girl", mas parece ser bastante promissora e merece ser assistida. A trama é a seguinte, uma família cubano-americana, dona de grandes propriedades de cana-de-açúcar e uma fábrica de rum, está envolta em uma rede de intrigas, assassinatos e jogo de interesses. Além disto, chama a atenção desta ser a primeira série em que cubanos vivendo nos Estados Unidos e sendo bem sucedidos são os protagonistas, sem personagens estereotipados e com atuações convincentes.
Antes de falar das duas grandes estréias, vou falar de uma mais menorzinha, mas que é bem legalzinha, "Chuck", da NBC, transmitida pela Warner. Nesta série, um típico nerd norte-americano tem acesso a segredos de Estado e passa a ser perseguido e vigiado de perto por dois agentes de duas agências do governo americano. O legal nela é que, apesar das cenas de ação, a comédia se faz presente, principalmente, com o melhor amigo de Chuck.
Agora, vamos às duas principais estréias da semana. "Ugly Betty", da ABC, transmitida pela Sony, tem todos os ingredientes de um grande sucesso, já ganhou vários Emmys, Globo de Ouro, enfim, é um sucesso de público e de crítica. Quem assistiu "O Diabo Veste Prada" vai gostar desta série, o trama é muito parecido. A diferença é que o galã é o patrão, mas, como no filme, a grande vilã é uma ex-editora de uma revista de moda, no caso da série, da revista Mode. Chama a atenção o ator que faz o sobrinho de Betty, é muito engraçado ver o menininho afetado dando dicas de moda para a tia desengoçada, muito bem interpretada por America Ferrera
. Ainda, tem a ponta da produtora Salma Hayek, claro que ela não ia ficar apenas como produtora e aparece numa novela assistida por Betty. Parece ser esta a vez dos latinos, mais uma vez eles são os protagonistas, já que Betty é descendente de mexicana.
A outra série que chamou bastante a minha atenção, como eu disse, foi "Gossip Girl", da The CW e transmitida pela Warner, baseada em série de livros homônima da escritora Cecily von Ziegesar.
Quem não gosta de tramas com jovens, intrigas, fofocas, é melhor não assistir. Eu gostei muito, primeiro que" Gossip Girl" continua com um movimento começado por "The OC", ao mostrar, de maneira crítica, o mundo dos jovens ricos. Muitos estão presos a futuros desejados por seus pais, bebem muito, dão vexame, fumam maconha e outras coisas típicas do mundo juvenil, bem diferente de Malhação, em que todos os jovens bebem suco de laranja e que só vão às festas do colégio. Outra coisa que me agradou bastante foi o uso do narrador onisciente, a "Gossip Girl", a blogueira que sabe todos os acontecimentos em que se envolvem Serena, Blair, Dan e Nate. Além das atuações, a trilha sonora pop também agrada e muito.

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