sábado, 28 de julho de 2007

Presos


Saiu no Jornal da Globo e eu tô repetindo aqui para quem não viu. Thriller de Michael Jackson sendo encenado em um presídio que agora eu não lembro onde fica.
Os reacionários podem falar o que quiserem e talvez até estejam certos ao dizer que é perigoso permitir que presidiários possam ter acesso aos pátios para dançarem, mas nada que digam impedem o fato da cena ser inusitada, engraçada. Além disso, esta medida pode colaborar sim com a recuperação dos presidiários como afirmou o diretor do presídio ao permitir o pensamento deles em outra coisas que não seja vingança ou novos crimes. Sem contar que a coreografia tá muito bem ensaiada.
Eu, sinceramente acredito em penas alternativas e na recuperação das pessoas. Lógico que nem todas, aquelas que comprovadamente não têm reabilitação estão excluídas deste meu raciocínio, porém acredito em uma outra forma de execução de penas e aplicação das leis.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Edição Especial - SEMCINE

Tudo estava indo muito bem no Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual na tarde de hoje. A mesa contava com as presenças de Edgar Navarro, autor dos filmes "Eu me Lembro" e "Superoutro", Cláudio Marques, produtor, Maria do Socorro, professora da UNEB, André Setaro, crítico de cinema e professor da UFBA e como mediador, Marcos Pierry, professor de Cinema da FTC. Foi quando, após as falas de todos, Fernando Bélens, cineasta baiano, disse que tinha lido o texto de Setaro na segunda-feira no Caderno especial do jornal A Tarde e havia ficado chocado. Segundo ele, Setaro tinha cometido erros, sendo dois deles o fato de ter chamado os cineastas baianos de mendigos dos recursos públicos do governo e não admitir que os filmes feitos em câmeras digitais são uma nova forma de cinema. Setaro respondeu, levantando um pouco a voz, dizendo que eles eram mendigos sim e ele também era e que não havia cometido erro algum e a diferenciação precisa ser feita, pois uma coisa é cinema e outra é audiovisual, tanto que o nome do seminário é Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual. Ele ainda disse mais, que as ironias e sarcasmos que ele faz são pra suscitar o debate sobre o cinema baiano. Nesta hora, Edgar Navarro que estava rindo o tempo todo e muito controlado, contrastando da imagem que todos têm dele, se levantou e saiu da mesa por instantes. Os debates tiveram prosseguimento e uma mulher pediu para que Setaro explicasse quais são as características presentes no, segundo ele e Orson Welles, apogeu do cinema, período entre 1912 e 1962. Setaro fez menção de responder e foi interrompido por Edgar Navarro que já havia voltado neste momento.
Navarro berrava dizendo que a menina queria tumultuar o seminário, que Setaro não deveria ter sido convidado, que nada que ele diz pode ser levado a sério como o próprio Setaro havia dito(em relação à sua ironia).
Uma menina que estava pagando pau pra Setaro desde o início, começou a gritar da platéia, dizendo que Navarro era um cineastazinho entre outras coisas, Navarro não deixou por menos, mandou a menina tomar no cu, deu o dedo, uma parte da platéia começou a vaiá-lo, uma outra parte saiu da Sala Principal do TCA e a outra, eu inclusive, ficou sentada vendo Setaro calado, observando tudo e Navarro dando a bunda pra platéia(por debaixo da bermuda desta vez). Logo depois, ele se retirou da mesa.
O mediador ainda permitiu mais duas perguntas, mas o debate não teve mais como continuar.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

As Meninas de Copa


Desde que eu me entendo por gente, tá certo que não faz tanto tempo assim, mas já é mais de uma década, nunca tinha visto tamanha visibilidade das meninas de Copacabana.
Acho que desde o seriado "As Noivas de Copacabana" onde Miguel Falabela era um assassino em série, eu não recordo de tantos comentários sobre moças de Copa. Eu, no entanto, não estou falando das moças de Copacabana, mas sim das profissionais da orla sul da capital fluminense.
A repercussão sobre as meninas neste ano começou com Bebel, personagem de Camila Pitanga na novela Paraíso Tropical. A "baiana" foi pro Rio tentar uma vida melhor, mas não teve sorte, acabou fazendo o que fazia na Bahia. Terminou nas calçadas da praia mais famosa do Brasil.
Bebel, apesar do início difícil, hoje em dia, está rodeada de glamour e gente boa, mas não só do glamour imaginário, que a novela incita ao mostrar o relacionamento de Bebel com Olavo, vivem as prostitutas de Copacabana.
A face feia e muito mais real da profissão e da vida daquelas mulheres pôde ser vista esta semana com a agressão de uma delas, cometida pelo ator Rômulo Arantes Neto (este aí da foto). Rômulo alegou não ter agredido a prostituta, e disse que a prostituta quer, na verdade, aparecer. Tendo acontecido ou não, esta não terá sido a primeira e nem a última agressão, infelizmente, cometida contra prostitutas, travestis e muitas outras pessoas que "ganham a vida" nas noites brasileiras.
E para encerrar, o Jack Bauer da série 24 Horas, Kieffer Sutherland, que está no Brasil para uma campanha da Citroën, teria levado duas garotas de programa para o seu quarto no Copacabana Palace, mas foi proibido pela administração do hotel, e por isto, teve que pagar mais um quarto. É a prática perpétua do gringo em busca das meninas de Copa, da Pituba, da praia do Futuro, praia de Iracema ...

Fonte da foto: Wania Corredo/ Agência O Globo

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Finalmente o iPhone começará a ser vendido



Depois meses de espera e ansiedade. Depois de tantos comentários e divulgação e até movimentação dos concorrentes, começará a ser vendido hoje o iPhone nos Estados Unidos.
O celular (será que ele pode ser chamado assim?) da Apple poderá custar 600 dólares e se você ainda não ouviu falar nele, onde você estava nos últimos tempos? Ele já foi capa de revistas e temas para milhões de reportagens.
Segundo meu professor de Comunicação e Tecnologia, André Lemos, o iPhone vai revolucionar a forma pela qual entendemos as novas tecnologias e as interfaces gráficas.
E por quê todo este rebuliço? Porque ele combina telefonia, internet, música e vídeo. Se contar na futurística tela sensível ao toque onde ficam os ícones para o funcionamento do aparelho. Saiba mais como funciona o iPhone aqui.
Imaginem quando chegar aqui, deve fazer o mesmo sucesso do iPod. Segundo a revista Época desta semana, esta é a cartada de Steve Jobs, se for sucesso, ele mantém seu nome entre os grandes da informática, se for um desastre, fim de carreira pra Jobs.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Carreiras estréia na TV e no Cinema

Domingos de Oliveira e Priscilla Rozenbaum
Fonte: Site do Festival do Rio 2005

Carreiras é um filme que inova logo de início. Foi lançado ao mesmo tempo no cinema (na verdade o filme entra em cartaz nos cinemas nesta sexta-feira) e na televisão, sendo a primeira obra cinematográfica brasileira a se arriscar por estes caminhos. Como disse a atriz Priscilla Rozenbaum (Amores, Separações, Feminices) é perigoso, pensando-se financeiramente, fazer isto com um filme independente, mas ela e seu marido Domingos de Oliveira (Todas as Mulheres do Mundo, Separações, Feminices) resolveram arriscar e na segunda-feira, dia 18 de junho, eles estrearam no Canal Brasil.
O filme começa com uma cena em que um grupo de amigos discutem sobre qual expressão artística é melhor: o cinema ou ou teatro. Parece ser uma cena gratuita, porém, esta discussão tem uma grande relevância e serve como função metalingüística dentro da obra, já que se trata de uma adaptação teatral às telas de cinema. Carreiras é inspirado na obra "Corpo a Corpo" de Oduvaldo Viana Filho.
A história retrata a vida da perturbada jornalista Ana Laura. Ana é curitibana, mas mora sozinha no Rio de Janeiro. Ela deixou a sua terra natal para exercer este ofício e, após anos de profissão, é trocada na apresentação de um telejornal por uma jornalista mais nova. Depois disto, a sua complicada estrutura psicológica fica ainda pior e o telespectador se vê perante uma trama de questionamentos pessoais e profissionais que se desenrola no decorrer de um dia. Há, inclusive, críticas aos bastidores do jornalismo. Em uma das cenas, vemos Ana conversando com seu ex-marido Esteves e ele diz para ela sobre sua obsessão em ser apresentadora do jornal: "Âncora é um bonequinho que é colocado bonitinho em frente da câmera para dizer notícias que um repórter sério fez".
Domingos de Oliveira na construção das cenas, opta, diversas vezes, por um ponto de vista não comum. Câmeras atrás do telefone por exemplo. A utilização recorrente destes recursos passa a impressão de que, algumas vezes, poderiam ter sido evitados e foram usados de forma gratuita sem que a cena exigisse ou pelo menos encaixasse aquele determinado ponto de vista.
Priscilla, que fez a mesma personagem no teatro, convence como a jornalista perturbada que está completamente entregue às carreiras de cocaína (Daí a ambigüidade no nome do filme, Carreiras, por tratar da carreira jornalística da Ana Laura e pelo fato dela ser viciada em pó). Por esta interpretação, Priscilla que possui uma consolidada carreira teatral, ganhou o Kikito de melhor atriz no ano de 2005.
Carreiras é uma boa história, uma obra independente e inovadora do ponto de vista comercial, não do ponto de vista da linguagem. Domingos de Oliveira conseguiu com os parcos 35 mil reais construir uma história com início, desenvolvimento, clímax e desfecho muito bem delimitados.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Sete Pecados é lançada no Second Life


Além da novidade de ser a primeira novela de Walcyr Carrasco nas 19 horas e com uma narrativa moderna, Sete Pecados inovou também na campanha de divulgação.
Desde o início da semana, está sendo montada no Second Life uma estrutura onde acontecerá a festa de lançamento da novela no próximo domingo. Quem quiser participar, deve ganhar uma camisa colorida com um dos sete pecados capitais e comparecer às 19 horas na Ilha Berrini.
A festa, porém, não é a única estratégia de divulgação, o avatar(a forma em que aparecem os moradores do Second Life) do autor Walcyr Carrasco estava ontem na Ilha e ele participou em uma espécie de coletiva para outros avatares de pessoas interessadas pela novela e alguns convidados pela emissora carioca.
Quem ainda acha que o Second Life é brinquedo tem que correr para não ficar de fora na mais nova tendência comunicacional do momento. O Second Life já virou alvo de partidos políticos como o Democratas e grandes empresas como a Petrobrás.

Na foto estão meu avatar e de outras pessoas. De azul, sentado, é o avatar do autor de novelas Walcyr Carrasco.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

A Pedra do Reino


A ansiedade finalmente teve o seu fim ontem. Eu, noveleiro convicto, corri para chegar em casa e ver a adaptação do mais importante livro do autor Ariano Suassuna segundo ele mesmo.
Não me arrependi da corrida, o primeiro capítulo da série parecia ser uma pintura em movimento, cores fortes, cenário nordestino com nuances da realidade da região, mas também com traços indicativos que aquilo é sim, um cenário.
Com este desapego em mostrar elementos completamente naturais, como animais de verdade, Luiz Fernando Carvalho valoriza a imaginação dos telespectadores e leva a atenção deles para a atuação dos atores. Em sua maioria, nordestinos, com os sotaques característicos e não aqueles arremendos forçados que vemos em alguns trabalhos daquela mesma emissora. Outra questão importante no trabalho dos atores é a informação que eles passaram por uma oficina para minimizar os seus trejeitos e fossem para quase um estágio natural e a partir daí pudessem ser lapidados pelo diretor. Luiz Fernando se aproxima do teatrólogo russo Constantin Stanislawsky que defendia o personagem como segunda natureza do ator. Luiz minimiza a primeira natureza dos atores para que eles encarnem os seus personagem como sendo eles mesmos.
A Pedra do Reino vem para se juntar à Hoje é dia de Maria I e II, outras produções do autor, numa espécie de reinvenção das microsséries globais. Como disse Patrícia Kogut do O Globo, Luiz Fernando criou uma nova linguagem com estes trabalhos. Por mais que se imagine a dificuldade que alguns telespectadores podem ter em acompanhar a narração não convencional que fica entre o passado, o presente e a mente do narrador Quaderna, é necessário haver espaço para experimentações nos meios de comunicação brasileiros.

Na foto: Luiz Fernando Carvalho e Ariano Suassuna.

 
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